Vitor Belfort, um dos grandes nomes do MMA brasileiro
Vitor Belfort é certamente um dos nomes mais icônicos do MMA (Mixed Martial Arts), com uma carreira que atravessou décadas, passando por diferentes gerações e organizações, além de ter contribuído significativamente para a popularização do esporte em nível global. Nascido em 1º de abril de 1977 no Rio de Janeiro, Belfort iniciou sua trajetória nas artes marciais desde muito jovem, começando no jiu-jitsu, onde foi treinado por Carlson Gracie, um dos maiores mestres dessa arte. Essa formação foi crucial para seu sucesso no MMA, pois ele conseguiu combinar uma base sólida no jiu-jitsu com habilidades impressionantes no boxe.
O Início da Carreira de Vitor Belfort
Vitor Belfort começou sua carreira profissional no MMA com apenas 19 anos, em 1996. Sua estreia ocorreu no evento chamado SuperBrawl, no Havaí, onde derrotou Jon Hess por nocaute técnico em impressionantes 12 segundos. A partir daí, sua carreira, no entanto, teve uma ascensão meteórica, ganhando a atenção do UFC (Ultimate Fighting Championship), que, na época, ainda estava em seus primeiros anos de formação.
Belfort estreou no UFC em fevereiro de 1997, no UFC 12, evento que já trazia o formato de torneio. Ele venceu rapidamente dois oponentes na mesma noite, Tra Telligman e Scott Ferrozzo, ambos por nocaute técnico, conquistando, dessa forma, o título do torneio dos pesos pesados com apenas 19 anos de idade. Esse feito lhe rendeu o apelido de “The Phenom” (O Fenômeno), destacando seu talento precoce e suas habilidades devastadoras no octógono.
UFC e PRIDE
Após sua estreia de sucesso no UFC, Belfort enfrentou adversários de renome, consolidando sua reputação como um dos lutadores mais perigosos do esporte. Em 1998, ele enfrentou Randy Couture, que viria a se tornar um dos maiores nomes do MMA. Na ocasião, Belfort sofreu sua primeira derrota, sendo vencido por nocaute técnico no UFC 15. A derrota para Couture não diminuiu o ímpeto de Belfort, mas o levou a buscar aprimoramento em suas habilidades.
No final da década de 1990, Vitor também competiu em outras organizações, como o PRIDE, no Japão, que era uma das ligas mais prestigiadas de MMA no mundo. No PRIDE, Belfort enfrentou grandes lutadores, incluindo Kazushi Sakuraba e Heath Herring. Suas performances no Japão, aliás, mantiveram seu nome em alta, mesmo enfrentando algumas derrotas durante esse período.
A Conquista do Título Meio-Pesado do UFC
Um dos pontos altos da carreira de Vitor Belfort foi em 2004, quando ele conquistou o cinturão dos meio-pesados do UFC. Ele enfrentou Randy Couture novamente no UFC 46, em uma revanche muito aguardada. Belfort venceu Couture por nocaute técnico, após um corte no olho de Couture interromper a luta. Embora a vitória tenha sido controversa, já que muitos acreditavam que foi um acidente, Belfort se tornou o campeão meio-pesado do UFC.
No entanto, a glória foi de curta duração. O terceiro confronto entre Belfort e Couture ocorreu no UFC 49, em agosto de 2004, e dessa vez Couture venceu por nocaute técnico, recuperando o título. Esse período foi tumultuado para Belfort, tanto no octógono quanto fora dele, especialmente devido a tragédias pessoais, como o desaparecimento de sua irmã, Priscila Belfort, em 2004, um evento que o afetou profundamente.
As Lutas Pós-Título e o Retorno ao UFC
Nos anos seguintes, Belfort teve uma carreira com altos e baixos, lutando em várias organizações ao redor do mundo. Ele teve passagens pelo Cage Rage, Affliction e Strikeforce, competindo contra alguns dos maiores nomes do esporte. Durante esse tempo, ele também trabalhou no aprimoramento de seu jogo, particularmente em sua trocação, tornando-se um boxeador ainda mais afiado.
Em 2009, Vitor Belfort retornou ao UFC, onde sua carreira teve uma revitalização. Ele estreou em sua volta ao octógono no UFC 103, nocauteando Rich Franklin no primeiro round. Esse retorno vitorioso reacendeu a esperança de que Belfort pudesse disputar o título novamente. Ele foi então escalado para enfrentar Anderson Silva, campeão dos médios, em uma luta pelo cinturão no UFC 126, em 2011. A luta contra Anderson Silva é lembrada principalmente pelo espetacular nocaute de Anderson com um chute frontal no rosto de Belfort, uma imagem que marcou a história do esporte.
TRT e Controvérsias
Mas um capítulo controverso na carreira de Belfort envolveu o uso da Terapia de Reposição de Testosterona (TRT). Durante um período, Belfort teve autorização para usar TRT devido a baixos níveis de testosterona, algo que muitos lutadores também faziam na época. No entanto, a prática gerou muita discussão, com críticos alegando que isso proporcionava uma vantagem injusta. Em 2014, a Comissão Atlética de Nevada baniu o uso de TRT no esporte, e Belfort teve de interromper o tratamento, o que levantou questões sobre seu futuro competitivo.
Mesmo assim, Belfort continuou lutando em alto nível. Ele enfrentou nomes como Jon Jones, Luke Rockhold, Chris Weidman e Dan Henderson em lutas memoráveis. A vitória sobre Rockhold com um chute rodado no UFC on FX 8, em 2013, foi um dos nocautes mais espetaculares de sua carreira e o reafirmou como um dos lutadores mais emocionantes da história do MMA.
Fim da Carreira no UFC e Transição para o Boxe
Após anos de altos e baixos no UFC, Belfort anunciou sua aposentadoria do MMA em 2018, após uma derrota para Lyoto Machida no UFC 224, no Rio de Janeiro. No entanto, como muitos lutadores, a aposentadoria do MMA não significou o fim de sua carreira nas lutas. Em 2021, Vitor Belfort fez a transição para o boxe, um esporte pelo qual ele sempre teve grande interesse. Ele enfrentou o ex-campeão mundial de boxe Evander Holyfield em uma luta de exibição. Belfort venceu por nocaute técnico no primeiro round, embora houve críticas ao combate por colocar um Holyfield de 58 anos em uma luta competitiva.
Legado
Vitor Belfort construiu um legado que transcende suas vitórias e derrotas no octógono. Ele foi um dos primeiros brasileiros a alcançar grande sucesso internacional no MMA e ajudou a abrir caminho para a geração seguinte de lutadores brasileiros no UFC, como Anderson Silva, José Aldo e muitos outros. Seu estilo explosivo, por exemplo, combinando velocidade, poder e técnica, influenciou inúmeros atletas ao longo dos anos.
Além de sua influência no esporte, Belfort também se destacou por seu carisma e por sua capacidade de se reinventar, seja enfrentando adversidades pessoais ou desafios profissionais. Mesmo com as controvérsias envolvendo o uso de TRT, sua contribuição para o MMA é inegável, e ele é um dos grandes pioneiros e astros do esporte.
Em suma, com uma carreira de mais de duas décadas, Vitor Belfort deixou uma marca indelével no MMA e no esporte de combate em geral. O “Fenômeno” foi mais do que um apelido – foi a personificação de sua habilidade de chocar o mundo com performances memoráveis e de inspirar gerações de lutadores a seguir seus passos.
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