A icônica Ronda Rousey
Ronda Rousey é certamente uma das figuras mais emblemáticas e pioneiras no esporte de combate, reconhecida tanto por sua habilidade no judô quanto por sua contribuição à popularização do MMA feminino e, mais tarde, pelo sucesso no entretenimento de luta livre. Ela quebrou barreiras e se tornou um ícone para muitas mulheres ao redor do mundo, especialmente aquelas que almejam competir em esportes de contato.
Nascida em 1º de fevereiro de 1987, em Riverside, Califórnia, Ronda Jean Rousey teve uma infância marcada por desafios. Com apenas seis anos, ela começou a treinar judô, uma escolha influenciada por sua mãe, AnnMaria De Mars, que foi a primeira americana a vencer o Campeonato Mundial de Judô em 1984. Rousey enfrentou muitas dificuldades, especialmente devido a problemas de fala e dificuldades financeiras, mas encontrou no judô uma maneira de expressar sua força e determinação.
Carreira no Judô
O talento de Ronda Rousey no judô era evidente desde cedo. Com apenas 17 anos, ela se tornou a judoca mais jovem a representar os Estados Unidos nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. Naquela ocasião, ela não conquistou uma medalha, mas a experiência a motivou a continuar e a melhorar. Em 2007, ela ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, e, em 2008, levou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim. Esse feito fez dela a primeira mulher americana a ganhar uma medalha olímpica no judô, o que representou um marco significativo na sua carreira e abriu portas para o que viria a seguir.
No entanto, após as Olimpíadas de 2008, Ronda decidiu deixar o judô. Ela já havia atingido um nível alto no esporte, mas lutava com problemas financeiros e com a falta de perspectivas no judô feminino nos Estados Unidos. Em busca de novos desafios e motivada pelo desejo de conquistar o reconhecimento e a estabilidade financeira, Ronda começou a explorar o mundo do MMA, ainda um campo em expansão para as mulheres.
Transição para o MMA
O MMA (Mixed Martial Arts, ou Artes Marciais Mistas) ainda era um esporte predominantemente masculino, e a inclusão de mulheres era mínima. No entanto, Ronda enxergou nesse universo uma oportunidade de crescer e de fazer história. Em 2010, ela começou a treinar MMA profissionalmente e, rapidamente, mostrou que sua base no judô lhe dava uma vantagem competitiva. Ela se destacou pela eficácia com que aplicava suas técnicas de armlock (chave de braço) nos combates, finalizando quase todas as adversárias dessa forma em poucos minutos.
Rousey começou sua carreira no MMA com uma sequência impressionante de vitórias rápidas e dominantes. Em 2011, ela estreou profissionalmente e não demorou muito para ser notada por grandes organizações, sendo contratada pela Strikeforce, uma das principais promotoras de MMA da época. Em 2012, Ronda enfrentou Miesha Tate pelo título dos pesos-galos femininos do Strikeforce e venceu a luta com um armlock, conquistando o cinturão. Esse duelo foi amplamente divulgado e chamou a atenção para o MMA feminino, dando a Ronda um grande impulso na mídia.
Sucesso e impacto no UFC
Ronda Rousey fez história ao se tornar a primeira mulher a assinar contrato com o Ultimate Fighting Championship (UFC), a principal organização de MMA do mundo, em 2012. Dana White, presidente do UFC, inicialmente era contra a inclusão de mulheres no octógono, mas mudou de ideia ao ver o impacto e a popularidade de Ronda. Ela se tornou, então, a primeira campeã feminina do UFC e inaugurou a divisão peso-galo feminino, sendo declarada campeã por direito devido ao seu título no Strikeforce.
Sua estreia no UFC, em 2013, contra Liz Carmouche, foi uma das lutas mais aguardadas do ano. Rousey venceu por armlock no primeiro round, reafirmando sua posição como uma das lutadoras mais dominantes. A partir daí, ela defendeu seu título em uma série de combates memoráveis, derrotando nomes como Sarah Kaufman, Miesha Tate (em uma revanche), Sara McMann, Alexis Davis e Cat Zingano. Em algumas dessas lutas, ela finalizou suas oponentes em segundos, o que aumentou sua fama e a consolidou como um fenômeno no esporte.
Ronda se tornou uma celebridade mundial, aparecendo em programas de TV, capas de revistas e até em filmes, como “Os Mercenários 3” e “Velozes e Furiosos 7”. Ela se tornou um símbolo de força feminina e uma inspiração para mulheres que buscavam entrar no mundo dos esportes de combate. No entanto, o crescimento de sua carreira no MMA também trouxe desafios.
A queda e a reação
Mas após uma sequência de vitórias impressionantes, Rousey experimentou sua primeira derrota em 2015, em uma luta contra Holly Holm, ex-campeã de boxe. Holm conseguiu explorar as fraquezas de Ronda, utilizando uma estratégia de contra-ataque e golpes precisos. O resultado foi uma derrota por nocaute que chocou o mundo e que abalou Ronda psicologicamente. Ela se afastou dos holofotes, lutando para se recuperar da derrota e da pressão da mídia.
Em 2016, Ronda tentou um retorno ao octógono contra a campeã Amanda Nunes, mas foi novamente derrotada, dessa vez em menos de um minuto. A luta contra Nunes marcou o fim da carreira de Rousey no MMA. A ex-campeã decidiu se afastar definitivamente do esporte, encerrando uma trajetória que, apesar de curta, foi revolucionária e mudou para sempre a percepção do MMA feminino.
Carreira na WWE
Após sair do MMA, Ronda encontrou uma nova oportunidade na luta livre, unindo-se à WWE (World Wrestling Entertainment). Em 2018, ela fez sua estreia na WWE, aparecendo no evento WrestleMania e sendo bem recebida pelos fãs. Sua transição para o mundo do pro-wrestling foi natural, uma vez que o esporte combina o atletismo com o entretenimento, algo que Rousey dominava. Ela se tornou campeã feminina da WWE e participou de eventos importantes, elevando ainda mais sua popularidade.
Na WWE, Ronda trouxe a mesma intensidade que demonstrava no MMA e se consolidou como uma das estrelas da empresa. Sua presença na organização ajudou a expandir o público feminino e inspirou uma nova geração de atletas na luta livre. Em 2019, Ronda participou do evento principal da WrestleMania, onde enfrentou Becky Lynch e Charlotte Flair, em uma luta histórica, a primeira vez que uma luta feminina foi o evento principal da WrestleMania.
Legado de Ronda Rousey
O legado de Ronda Rousey no esporte é inegável. Ela quebrou barreiras para as mulheres no MMA, tornando-se uma das atletas mais influentes e inspiradoras de sua geração. Sua habilidade, determinação e carisma pavimentaram o caminho para que outras mulheres tivessem oportunidades no octógono, e seu impacto ainda é sentido no esporte até hoje.
Além de sua influência no MMA, Ronda é um ícone da cultura pop e do empoderamento feminino, pois sua carreira representa a superação de adversidades e a luta por um espaço em um ambiente predominantemente masculino. Ela continua ativa na WWE e em outras áreas do entretenimento, consolidando seu lugar como uma das mulheres mais marcantes dos esportes de combate.
Atualmente, Ronda Rousey é lembrada como uma pioneira e uma inspiração para milhões de mulheres ao redor do mundo. Seu caminho mostra que é possível desafiar limites e conquistar o respeito, seja no esporte ou na vida.
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