Lyoto Machida: A trajetória do “Dragão” no MMA
Lyoto Carvalho Machida, conhecido mundialmente como “The Dragon” (O Dragão), é um dos nomes mais respeitados e emblemáticos do MMA (Mixed Martial Arts). Nascido em Salvador, Bahia, em 30 de maio de 1978, Machida é filho de Yoshizo Machida, mestre de caratê tradicional, e cresceu em Belém do Pará, onde começou a treinar artes marciais ainda criança. Sua carreira é marcada por um estilo único, baseado no caratê Shotokan, e por uma trajetória de sucesso que o levou ao topo do UFC e o transformou em um ícone do esporte.
Desde cedo, Lyoto foi imerso nas artes marciais. Seu pai, um rigoroso praticante e instrutor de caratê, introduziu os filhos ao esporte com disciplina e dedicação. Lyoto começou a treinar aos três anos de idade e, com o passar dos anos, também se dedicou ao sumô, à capoeira e ao jiu-jítsu brasileiro. Essa variedade de disciplinas moldou um estilo de luta altamente técnico, evasivo e imprevisível — características que se tornariam sua marca registrada no octógono.
Carreira profissional
Machida iniciou sua carreira profissional no MMA em 2003, lutando no Japão. Sua estreia foi no evento “New Japan Pro-Wrestling”, onde venceu Kengo Watanabe por decisão unânime. Pouco tempo depois, enfrentou nomes como Stephan Bonnar e Rich Franklin — ambos derrotados por Machida, o que já chamava a atenção da comunidade do MMA para o talento emergente do brasileiro.
Em 2007, Lyoto estreou finalmente no Ultimate Fighting Championship (UFC), a maior organização de MMA do mundo. Sua primeira luta na organização foi contra Sam Hoger, vencida por decisão unânime. Em seguida, derrotou lutadores de alto nível como David Heath, Kazuhiro Nakamura, Rameau Thierry Sokoudjou e Tito Ortiz — consolidando sua posição como um dos principais nomes da categoria dos meio-pesados.
Ápice
O ápice de sua carreira no UFC veio em 23 de maio de 2009, quando enfrentou Rashad Evans pelo cinturão dos meio-pesados no UFC 98. Com uma performance impecável e técnica apurada, Lyoto nocauteou Evans no segundo round e se tornou campeão. A famosa frase de Joe Rogan, comentarista do UFC, após a luta — “Welcome to the Machida Era” (Bem-vindo à Era Machida) — ecoou entre os fãs como a consagração de um estilo que parecia invencível.
Porém, a “Era Machida” não durou tanto quanto se esperava. Na primeira defesa de cinturão, enfrentou Maurício “Shogun” Rua no UFC 104. A vitória por decisão unânime foi controversa, gerando protestos dos fãs e da mídia especializada. Na revanche, no UFC 113, Shogun venceu por nocaute no primeiro round, tirando o cinturão de Lyoto e pondo fim a sua breve hegemonia.
Nova motivação
Mesmo sem o cinturão, Machida continuou enfrentando adversários de elite. Lutou contra nomes como Quinton “Rampage” Jackson, Randy Couture (a quem venceu com um espetacular chute frontal no UFC 129), Jon Jones, Dan Henderson e Ryan Bader. Em 2013, desceu para a categoria dos médios (84 kg) buscando nova motivação e uma chance de conquistar outro título.
Sua estreia na nova divisão foi marcante: venceu Mark Muñoz por nocaute com um chute na cabeça. Em seguida, superou Gegard Mousasi e enfrentou Chris Weidman pelo cinturão dos médios em julho de 2014, no UFC 175. Apesar da derrota por decisão unânime, Machida foi elogiado pela performance corajosa e por quase ter virado a luta nos rounds finais.
Nos anos seguintes, Machida alternou vitórias e derrotas. Seu estilo continuava eficaz, mas o tempo e o avanço da nova geração de lutadores cobraram seu preço. Em 2018, após uma série de lutas no UFC, anunciou sua ida para o Bellator MMA, buscando novos desafios. No Bellator, enfrentou nomes como Rafael Carvalho, Chael Sonnen e Gegard Mousasi novamente, mantendo sua competitividade mesmo com a idade avançada.
Símbolo de disciplina
Em suma, Lyoto Machida não é apenas um lutador técnico; ele é símbolo de disciplina, respeito e filosofia marcial. Sua postura sempre respeitosa, dentro e fora do cage, o transformou em um exemplo para jovens atletas. É um dos poucos lutadores que conseguiu se destacar utilizando uma base de caratê tradicional no MMA moderno, provando que a arte milenar ainda tinha lugar entre os melhores do mundo.
Atualmente, embora não esteja mais no auge, Lyoto continua sendo um nome respeitado e um embaixador do MMA e do caratê pelo mundo. Sua trajetória inspira não apenas pela quantidade de vitórias ou cinturões conquistados, mas pela maneira com que conduziu sua carreira: com honra, técnica e espírito guerreiro.
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