O divino Ademir da Guia
Ademir da Guia, também conhecido como “O Divino”, é uma das figuras mais emblemáticas e respeitadas do futebol brasileiro. Filho de Domingos da Guia, um dos maiores zagueiros da história do Brasil, Ademir nasceu no Rio de Janeiro, em 3 de abril de 1942. Herdando o talento e a elegância do pai, Ademir seguiu um caminho que o consagrou como um dos maiores jogadores de todos os tempos, com uma carreira marcada por sua classe em campo e lealdade a um único clube: o Palmeiras.
Início da carreira
Ademir da Guia começou sua trajetória no futebol no Bangu, clube carioca onde teve suas primeiras experiências como jogador profissional. Desde o início, chamava a atenção por sua técnica refinada, visão de jogo e tranquilidade com a bola nos pés, características que o tornariam uma lenda. No entanto, foi ao ser contratado pelo Palmeiras, em 1961, que Ademir encontrou o palco ideal para construir sua história gloriosa no futebol.
A era de ouro no Palmeiras
Ao longo de duas décadas vestindo a camisa alviverde, Ademir da Guia tornou-se o maior ídolo da história do Palmeiras. Ele participou da chamada “Academia de Futebol”, um dos períodos mais vitoriosos do clube, marcado por um futebol envolvente e de altíssimo nível técnico. A Academia teve duas fases principais, ambas com Ademir como o principal maestro.
Ademir era um meia-armador clássico, com um estilo de jogo cadenciado e preciso. Ele não era veloz, mas compensava com uma inteligência fora do comum e uma capacidade única de ditar o ritmo das partidas. Sua habilidade para distribuir passes milimétricos, fazer lançamentos precisos e controlar o meio-campo era impressionante. Ademir parecia enxergar o jogo em câmera lenta, algo que o destacava em relação a outros jogadores da época.
Pelo Palmeiras, conquistou inúmeros títulos importantes, incluindo dois Campeonatos Brasileiros (1972 e 1973), além de vários Campeonatos Paulistas (1963, 1966, 1972, 1974 e 1976). Ele foi peça-chave em cada uma dessas conquistas, sendo reverenciado não apenas pelos torcedores palmeirenses, mas também por adversários, que reconheciam sua genialidade.
Características como jogador
Ademir da Guia era um jogador diferente. Enquanto muitos atletas destacavam-se pela força física, velocidade ou pela explosão, ele conquistava espaço com sua inteligência e elegância. Seu apelido, “O Divino”, traduzia perfeitamente sua aura em campo. Era comum vê-lo dominar a bola com tranquilidade, driblando adversários com sutileza e criando oportunidades de gol quase sem esforço aparente.
Além disso, Ademir era um exemplo de lealdade e comprometimento. Mesmo em uma época em que o futebol começava a se tornar mais competitivo e comercial, ele permaneceu fiel ao Palmeiras durante toda sua carreira no Brasil, recusando propostas de outros clubes e até mesmo do exterior.
Reconhecimento e legado
Ademir da Guia é, até hoje, o jogador que mais vestiu a camisa do Palmeiras, com 902 jogos disputados entre 1962 e 1977. Ele marcou 153 gols pelo clube, número notável para um meio-campista. Apesar de sua genialidade nos gramados, Ademir teve uma trajetória discreta na Seleção Brasileira, o que é frequentemente apontado como uma injustiça. Ele disputou apenas 14 partidas com a camisa amarelinha, sendo convocado para a Copa do Mundo de 1974, mas jogou apenas uma vez, na decisão do terceiro lugar contra a Polônia.
Muitos acreditam que sua ausência mais constante na Seleção deveu-se à forte concorrência da época, com craques como Pelé, Rivellino e Gérson disputando espaço no meio-campo, além de questões políticas envolvendo dirigentes e treinadores. Apesar disso, Ademir não se deixou abater e seguiu brilhando no Palmeiras, consolidando-se como uma lenda do futebol nacional.
Após encerrar sua carreira em 1977, Ademir da Guia manteve-se ligado ao esporte e à sociedade. Ele também se aventurou na política, sendo eleito vereador em São Paulo na década de 2000, sempre carregando consigo o prestígio de sua história no futebol.
Ademir fora de campo
Ademir da Guia é lembrado não apenas por seu talento, mas também por sua personalidade tranquila e humilde. Mesmo no auge da carreira, nunca foi um jogador dado a extravagâncias ou polêmicas. Sua postura reservada contribuiu para construir a imagem de um atleta que valorizava o jogo limpo e o respeito pelos adversários.
Ao longo dos anos, Ademir tornou-se um símbolo de fidelidade e amor ao clube. Sua trajetória é celebrada por diferentes gerações de torcedores, que veem nele um exemplo de como o futebol pode ser jogado com arte e dedicação.
Conclusão
A carreira de Ademir da Guia transcende números e títulos. Ele representou a essência do futebol-arte, jogando com leveza, classe e genialidade. Sua história é uma lembrança de uma era em que o talento individual e a paixão pelo esporte eram os principais elementos do futebol. Para o Palmeiras e seus torcedores, Ademir da Guia será eternamente “O Divino”, o jogador que elevou o clube e o futebol brasileiro a níveis de excelência raramente vistos.
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